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SUMIDOURO

A natureza de Sumidouro é unica ! Infelizmente a maioria dos seus habitantes não se interessa à sua conservação e a degradação do ecosistema é contínua. Erosão do solo, eutroficação dos cursos d'água, desmatamento, envenenamento da fauna por causa de uso descontrolado de pesticidas... a lista é longa.

Morros graníticos.

A cobertura vegetal é do tipo tropical e subtropical de altitude. A partir de meados do século XIX ela foi reduzida em mais de cinquenta por cento para dar lugar às plantações de café. Hoje o que resta é uma camada de capim sobre um solo ácido. Com o desmatamento desapareceram diversas espécies vegetais e animais. Se tomamos como exemplo as aves, 40% das espécies desapareceram da região desde a chegada dos primeiros pés de café ! Aqui e lá resistem algums pedaços de floresta primária abrigando uma flora e uma fauna ameaçadas.

Aves como o Sabiá, o Bem-te-vi e o Beija-flor são encontrados facilmente !

Várias espécies de orquidáceas já desapareceram. Aves, peixes, répteis, insetos e mamíferos outrora abundantes não mais do que lembranças dos habitantes mais antigos.

Uma espécie rara de orquídea (Catlleya) e uma menos rara de borboleta (Parides)

Felizmente muitas espécies ainda sobrevivem e podem ser observadas. A preservação desta flora e desta fauna é uma responsabilidade não somente dos que administram, mas acima de tudo uma responsabilidade individual. Quando sítios naturais como a cascata Conde d'Eu, Sumidouro das Pedras e outros não serão mais degradados com latas, garrafas e sacos plásticos talvez seja o começo de uma consciência que tarda a chegar. Mas somente quando agricultores tomarão consciência que as curvas de nível são essenciais para a proteção do solo, que os pesticidas mal dosados matam não somente as pragas mas também milhares de pássaros, talvez este dia a natureza em Sumidouro possa ter a certeza de ser conservada.

FAUNA

Seriema (Cariama cristata), ave arredia ao canto característico existente no norte da Argentina, no Paraguai e no Brasil central e oriental. Alimenta-se de insetos e de répteis. Ainda vista e ouvida nos arredores da cidade. Risca de desaparecer com a contaminação dos insetos por pesticidas.

Tatu (onze espécies diferentes). Mamíferos desdentados noctívagos, alimentan-se de frutos, raízes insetos e até carniças. Os Tatus reproduzem-se por poliembrionia, e todos os indivíduos do mesmo parto têm o mesmo sexo. Caçado de maneira descontrolada. Algumas espécies correm perigo de extinção.

Lambari-prata (Hyphessobrycon reticulatus Ellis). Peixe teleósteo de coloração prateada que se alimentam de invertebrados aquáticos, sementes e restos de animais. Raro na região, ainda pode ser encontrado em alguns refúgios do rio Paquequer.

Mico-preto (Cebus niger). Primata de pequeno porte praticamente desaparecido. Se alguém encontrar um previnam o IBAMA.

Paca (Cuniculus paca). Mamífero roedor. Vive sempre perto d'água onde busca refúgio quando perseguido. Adulto chega a pesar até dez Kg.

Garça-branca-grande (Casmerodius albus). Ave ciconiforme de coloração branca e bico amarelo. Pode ser encontrada até no estreito de Magalhães. Pode ser vista ocasionalmente em Sumidouro no vale da Barra de São Francisco.

Garça-azul (Egreta caerulea). Ave ciconiforme de coloração azul escura. Quando pequena é de cor branca. Vista às vêzes no vale da Barra de São Francisco.

Garça-real (Philherodius pileatus). Ave ciconiforme encontrada no Panama, na Bolivia, no Paraguai e em quase todo o Brasil. Tem coloração geral branca, e o alto da cabeça preto-purpureo. Vistas principalmente perto da fronteira com o Carmo.

Bentevi-assobiador (Myiozetetes cayanensis). Ave passeriforme da família dos tiranídeos de coloração parda. Mais pequeno que outras espécies de Bentevi. Visto ocasionalmente na região da cascata Conde d'Eu.

Maritaca (Aratinga aurea). Pássaro de coloração verde com a cabeça vermelho-alaranjada e peito verde amarelado.

FLORA

Ipê-amarelo. Designação comun às árvores do gênero Tapebuia, da família das bigoniáceas. Cada vêz mais raras em Sumidouro.

Ipê-rosa (Tapebuia heptaphylla). Espécie de árvore específica do Estado do Rio de Janeiro com flores violáceas e madeira fortíssima.

Ipê-tabaco (Tapebuia chrysotricha). Arvore de porte médio, tronco cascudo e flores amarelas. Encontrado nas regiões mais húmidas do município.

Ipê-branco (Tapebuia roseo-alba). Espécie com flores brancas encontrada somente nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Cedro (Cedrela fissilis). Arvore de grande porte e casca grossa com flores grandes e alvas. Cobiçada pela qualidade de sua madeira. Rara em Sumidouro.

INFORMAÇÃO

FORMAÇÃO

CONSERVAÇÃO

Um dia, se nada for feito, seus netos nunca saberão como é o canto de um Sabiá ou de uma Seriema.